Hawaiano
Havaiano: carateriza-se pela natureza efusiva das suas erupções e pela ausência de projeções, formando-se apenas escoadas de lava incandescentes. A libertação dos gases ocorre de um modo lento devido ao facto da lava ser muito fluida. O magma infiltra-se ao longo de fissuras nos flancos do vulcão. O aparelho vulcânico de tipo havaiano possui cone baixo, de vertentes suaves, constituído por camadas de lavas sobrepostas.
Exemplos destas erupções são os vulcões das Ilhas Hawai Mauna Loa e Kilauea.
Estromboliano
Estromboliano: carateriza-se por uma atividade mista, ou seja, por efusões de lavas menos fluidas que as do tipo havaiano alternando com períodos explosivos, mas de pouca violência, acompanhados por ejeções de materiais piroclásticos normalmente bombas e lapilli. A sua morfologia é cónica, mas com declives mais acentuados que os dos cones havaianos. O cone é constituído por camadas, ora de lavas, ora de piroclastos que, quando litificados, originam brechas vulcânicas.
Como exemplos destas erupções citam-se os vulcões Paricutim e Stromboli. Este último forma uma das ilhas Lipari, a norte da Sicília (Itália). A actividade vulcânica ocorrida na região de Lisboa-Mafra, no final do Cretácico (há cerca de 80 a 70 Ma), enquadrar-se-á possivelmente neste tipo de erupção, a avaliar pelos testemunhos encontrados nesta região.
Vulcaniano
Vulcaniano: o magma apresenta-se viscoso e a libertação dos seus gases origina explosões violentas com formação de lavas. A lava ejectada é pulverizada em cinzas e blocos. Estes são em geral porosos, devido ao escape dos gases contidos na lava originando pedra- pomes. A rápida solidificação das lavas origina escoadas curtas. A emissão de cinzas é por vezes muito abundante e são tão finas que podem permanecer em suspensão no ar durante vários dias. Quanto ao aparelho vulcânico, é um cone formado por cinzas litificadas (tufos vulcânicos).
Como exemplo, podemos mencionar o famosíssimo Vesúvio.
Peleano
Peleano: neste tipo de erupções a lava, muito viscosa, solidifica sob a forma de agulhas na parte superior da chaminé principal, impedindo a libertação de gases. Como consequência do aumento de pressão no interior do vulcão ocorrem explosões violentas, com formação de nuvens ardentes, densas e temperaturas muito elevadas, que descem em turbilhão ao longo das encostas como se se tratasse de avalanches. Por vezes, o material sólido deposita-se nas regiões circundantes do vulcão, formando espessos depósitos piroclásticos que podem, após compactação a altas temperaturas, originar os ignimbritos.
A Montanha Pelada, na ilha Martinica, nas Pequenas Antilhas, exemplifica este tipo de erupção.
Pliniano
Pliniano: carateriza-se pela explosão de magma viscoso, rico em gases, a uma profundidade considerável no interior do vulcão. Os gases, com predominância do vapor de água, formam uma coluna sobre a qual se espalham em forma de cogumelo. Neste tipo de erupções formam-se colunas verticais excedendo 30 Km de altura. Acumulam-se enormes quantidades de cinzas nas regiões periféricas do vulcão. Como exemplo temos os vulcões Krakatau, Monte Mazama e o Pinatubo.
Surtesyano
Surtseyano ou erupções submarinas e emergentes: o magma em contacto com a água, a pequenas profundidades, provoca violentas explosões com emissões de nuvens de vapor e cinzas, bem como, por vezes, massas de pedra-pomes. Os produtos
expelidos podem originar cones vulcânicos consolidados posteriormente pela emissão de lavas que podem atuar como uma proteção que lhes permita resistir à erosão, originando ilhas. Este processo de formação pode ser observado em terreno português, ou mais precisamente na ilha açoreana do Faial, onde se localiza o vulcão dos Capelinhos. A profundidades superiores, excedendo uns
300 metros, formam-se lavas em almofada (pillow lavas) pois a pressão exercida pela água é
suficiente para manter em solução gases e vapores; estas lavas não são detectadas à superfície. A ilha Surtsey, ao largo da Islândia, formou-se a partir deste tipo de erupção. tiporupção.